-Já viste a sorte que ela tem? Certo, ela é muito bonita, mas ele, oh...ele, mas que borracho, não achas Isabel? Até se parece com o Alberto Fonseca, mas não é ele.
-Ah, sim tu tens razão, ainda a semana passada estive na praia com eles e ele em calção de banho... nem te conto! É mesmo de cair de costas só de ver o físico dele.
As duas jovens falavam deste jovem casal que acabava de sair da Igreja e se submetiam a uma interminável sessão de fotografias como é da praxe.
Tu sabes Carolina, que eles fizeram o voto de virgindade?
-O voto de virgindade? Como?
-Sim, sim eles prometeram que ficariam virgens até ao dia do casamento e na verdade nunca ninguém os viu sós, foi uma das imposições para evitar tentações.
-Na verdade Isabel, com um borracho daqueles é mesmo muito difícil resistir à tentação, disse ela em fazendo ao mesmo tempo o sinal da cruz.
-Viste como ele ao momento de assinar a acta de casamento, estava risonho, contente talvez por ter cumprido a promessa, é um rapaz perfeito, não tem defeito aparente.
-Pois não! Que pena tenho de não o ter conhecido antes dela, posso te garantir, qual virgindade, qual carapuça, uma partida de pernas ao ar, que nem queiras saber!
Depois da boda, o casalinho disse adeus ao convidados e ela que apressada estava!....
-Eles vão para onde, sabes?
-Sim mas não te metas na cabeça que tu os podes seguir, vão para longe daqui.
-Pois, quem me dera estar no lugar dela, aiiiii!
Chegados ao hotel, entraram no quarto, começaram por se despir, beberam antes de se deitarem uma taça de champanhe que tinha sido encomendada com antecedência, brindaram ao seu casamento e à felicidade futura.
Ela despiu-se completamente, calcinhas bem alinhadas em cima da almofada do seu bem amado para o excitar.
-Vem meu amor, vem consumir este nosso casamento, estou desejosa de ti. Tens a certeza que não me farás doer muito?
-Está descansada, minha querida, com o aparelho que eu tenho, nem vais sentir nada!
Mas antes vou urinar, o champanhe faz destas coisas.
Foi à algibeira do casaco buscar os seus óculos.
-Mas tu usas óculos?
-Só nalgumas circunstâncias!
-Eu nunca te vi com óculos, mesmo hoje na Igreja, leste a papelada toda, assinaste o que tinhas a
assinar e nunca precisaste dos óculos, e para ires à casa de banho precisas deles?
- Que queres minha querida? É a única maneira de conseguir ver o meu pénis!
A. da fonseca
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