Odeio o dia em que te conheci,
E o modo como me olhaste,
Odeio uma vez ter pensado em ti,
E tu que nunca em mim pensaste.
Odeio o teu jeito de sorrir
Pois sinto-me ainda mais apaixonado,
Odeio cada vez mais os teus olhos
Que me deixam tão desorientado.
Odeio o modo como me falavas,
E nao resisto ao teu caminhar.
Odeio teres-me feito rir
Quando agora so me apetece chorar.
Odeio pronunciar o teu nome
Por ser tão igual ao meu.
Odeio alimentar esta esperança,
Sabendo que e inútil, mas que nao morreu.
Odeio acreditar nas tuas palavras
E o modo como cortas o cabelo.
Odeio estar tão ligado a ti,
Por favor, tirem-me deste pesadelo!
Mas digo a verdade ao mundo:
Odeio principalmente,
Não te conseguir odiar.
Nem tão pouco, nem por um segundo.
Rui Araújo, escrito em 2007, retrabalhado agora durante a transcrição para formato digital.
"Even though i walk through the valley of the shadow of death, i will fear no evil..."
Tentei expressar a frustração que é, e o ódio que se sente quando não se é capaz de odiar, mesmo sendo essa a atitude mais correcta.