Arma para que?
Arma na mão.
Ruído, estopim, um corpo no chão.
Morre o destemido João.
A bala lhe atravessou o coração.
Porque terá sido assim João?
A tua vida inda estava em botão.
Rosa flor debruça sobre teu caixão.
A tua mão inda pediu clemência, mas não...
Querias apenas dar uma palavra, mas em vão.
Uma bala o diálogo te silencia, na voz de trovão.
Esperavas o abraço, mas te levaram ao chão.
Semeias agora na paz de teu repouso
o canteiro do perdão...
AjAraújo, o poeta humanista.