Poemas -> Sociais : 

Astro errante

 
Open in new window












No silêncio que anuncia a chegada da noite
Em algum recanto do mundo
Um choro, um lamento, um açoite
Talvez canto para um acalanto, um sono profundo.

Mas cumprem-se os ciclos
Da penumbra logo descerra o véu
E matutinos pássaros rompem os estelares elos
Que separam a noite da aurora, surge azul céu.

Que estranhas criaturas
Percorrem as ruas, nas frias madrugadas
Escondem-se do dia, humanas caricaturas
Abrigam-se na noite, aquecem nas alvoradas.

E nestes tempos de acirrada disputa
Lugar ao sol significa só um lugar sob a marquise
De corpo que cai, astro errante, que a nada assusta
Sem órbita, cumpre o papel retirante, sem valise.

AjAraújo, o poeta humanista, escrito em Abril de 2002.
 
Autor
AjAraujo
Autor
 
Texto
Data
Leituras
852
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.