Seriamos bem melhores pessoas se ao doar
a esse alguém mais necessitado,
o fizéssemos com todo o sentido de
imensa responsabilidade para com o outro,
demonstrando sem equívocos de toda a sua
importância para cada um de nós,
livres do algoz, do preconceito e vil estigma.
Descer até à altura dos olhos uns dos outros,
mostra que nos equiparamos a qualquer ser
humano, igualzinho a nós em todas as
circunstâncias desta vida, por vezes dura demais,
o que nos leva por vezes a pensar intrinsecamente
que nos bastamos como seres individuais: eis aqui
um grande absurdo desta sociedade prolixa.
Temos de dar as mãos uns aos outros pobres ou
ricos e numa conjugação de esforços achar o
caminho para a partilha e para a luta de classes,
todos puxando para o mesmo lado sabendo da
importância de nosso acto, quer no presente quer
no futuro, sem medo de patrões mas ressalvando
a condição humana que nos fez iguais à nascença.
Uma criança só é feliz se feliz vê seus amigos.
Não pede muito apenas que seja considerada
e que lhe achem graça e a estimem,
como ser de personalidade única e afectiva.
E quando vem de lá a saltitar a bola colorida,
olhos pequeninos enchem-se de alegria
e juntos brincam, entre sorrisos, de orelha a orelha.
Jorge Humberto
24/10/09