Que bom seria que todos se entendessem
sem subterfúgios nem meias verdades,
e assim seguissem em direcção ao horizonte,
para anunciar a boa nova, entre o marulho
das ondas e a clarividência do céu, onde
teríamos por testemunhas
todas as aves de todos os imensos céus.
Que se acabasse de vez com todas e quaisquer
desconfianças, olhando mais para os outros de
que para nós próprios, sujos por uma sociedade
corrompida onde a omissão e o mau
entendimento faz ninho atrás dos ouvidos das
pessoas, que se deixam levar pela oferta fácil,
a inveja própria de quem não se compromete.
De promessas está o mundo cheio e quem
promete, em boa verdade, não tem nada para
oferecer, senão o que lhe falta enquanto pessoa
falha de personalidade, não sabendo respeitar
os demais porque a si não se respeita enquanto ser
humano, incorrendo nos mesmos erros
cruamente, pela facilidade com que se aduzem.
Entrego de bom grado meu corpo ao sacrifício
e que seja o meu sangue derramado sobre
todos os humanos com dúvidas em saber qual a
sua disposição na Terra, para que surta efeito
colateral e banhe todas as massas desavindas,
entre o seu bem maior: doarem-se uns aos outros
sem nada pedir, em toda a sua humanidade.
Jorge Humberto
23/10/09