Na canção o cantador tem seu retiro,
Da viola ele faz seu próprio curso;
Porém, se o mundo o deixa confuso,
Ele se cala por meio de um suspiro.
Cantar é dirimir as amarguras,
Fugir, sem se esquecer da realidade,
Do mesmo jeito que se escapa o frade,
Ao se lembrar, tristonho, de suas juras.
As cordas da viola... (todas elas),
São as veias do cantador à luz da Lua;
A ela seu romantismo ele insinua.
As canções passam sobre as flores belas,
Que a tarde deu nuanças mais formosas
Para o bom cantador tingir as rosas.
(Luciene Lima Prado)