Poemas : 

-Prelúdio-

 
O singrar, ao peso d’âncora, sucumbe;
O sorriso (chama breve) apaga-se
Ao sopro de um vento que se incumbe
De desvanecer tod’esse deslumbre:
O orgulho que por hora agiganta-se.

Pisoteias àquele que te serve
Como se as próprias mãos secionasses;
És todo poderoso nessa verve
Que humilha, esnoba, desmerece e ferve
Sobre o fogo da soberba em tua face.

Estufas o peito, seguro e arrogante
Por teres a chave que te abre às portas.
Caminhas zombeteiro e triunfante;
Nem percebes que és prelúdio agonizante
E que serás, amanhã, lembranças mortas.


Frederico Salvo

(republicado)


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FredericoSalvo
 
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Enviado por Tópico
Maria Verde
Publicado: 23/10/2009 12:39  Atualizado: 23/10/2009 12:39
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 Re: -Prelúdio-
Oi Fred,

gostei do teu poema reflexão, muitíssimo.
pensando seu poema, acho que a maioria dos homens "levam uma vida de tranquilo desespero."
abraço.

Maria verde

Enviado por Tópico
HorrorisCausa
Publicado: 23/10/2009 13:12  Atualizado: 23/10/2009 13:12
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Localidade: Porto
Mensagens: 3764
 Re: -Prelúdio-
"Estufas o peito, seguro e arrogante
Por teres a chave que te abre às portas.
Caminhas zombeteiro e triunfante;
Nem percebes que és prelúdio agonizante
E que serás, amanhã, lembranças mortas."

seria bom que que tivessemos sempre presente esta ideia, certamente não seriamos, amanhã, só lembranças mortas.

não podias terminar melhor este poema.

beijo