“Promessa de eterno amor…”
“Esperar-te-ei para sempre”
Foi esta a promessa que fiz
Naquele dia cinzento e infeliz
Em que as gotas de chuva eram as minhas lágrimas.
Irei sempre olhar o horizonte longínquo
Procurando apenas por ti.
Procurando a tua face,
A tua despedida que não veio;
No dia em que não vieste nos sussurros do vento…
“Esperar-te-ei para sempre” de rosa na mão,
(Branca como a esperança que me eras!)
Sentado no banco de jardim
Onde me olhaste pela primeira vez
Descobrindo a triste criança que há em mim.
A criança que a vida inteira
Esperou apenas pelo simples sorrir de alguém…
E foi o que tu fizeste!
Sorriste para mim…
Um simples e doce sorrir,
Ingénuo e sem a maldade do mundo.
Jamais esquecerei esse teu sorriso,
O meu momento de alegria…
Desde e dia vieste sempre,
Trazendo o teu vestido azul;
O teu olhar e o teu sorriso;
A tua bondade e simplicidade…
Trazendo-te a ti!
E contigo sempre a felicidade;
A única que provei em toda a minha vida…
Então chegava a hora da despedida;
“Eu voltarei amanhã!” dizias-me…
E contemplavas-me com um beijo;
Viravas costas e deixavas o teu cabelo dançar no vento…
“Esperar-te-ei para sempre…”
Mas não voltaste…
Nem nesse dia;
Nem nos muitos que se seguiram…
Nunca mais veio o teu vestido azul;
Nunca mais veio o teu olhar e o teu sorriso;
A tua bondade e simplicidade;
Nunca mais vieste tu!
Nem tu;
Nem mais a felicidade…
Então pouco a pouco
O meu mundo foi caindo;
O meu sorriso foi desvanecendo,
Tu; foste ficando apenas memória…
(Que hoje já nem sei real!)
E então veio o vazio…
A chuva caindo do meu olhar;
As cartas soltas no vento;
Como num gesto de despedida que nunca veio…
A solidão apertará cada vez mais…
Os dias passarão por mim,
Assim como os desígnios e as épocas do mundo.
E sobre meus ombros caíram os anos de espera
Ficarei velho e já sem tempo;
A demência e o esquecimento possuirão a minha mente
E então morrerei na saudade do banco de jardim.
Mas esperar-te-ei sempre!
Porque sei que um dia voltarás por mim;
Talvez tarde;
Mas voltarás
Por mim voltarás.
Pois a esperança;
Essa não morre nunca!
Então voltarei finalmente ao banco de jardim;
Não de corpo,
Mas de vontade!
E trarei nas minhas mãos a rosa branca
Olharei o horizonte
E irei encontrar-te;
E esperarei a tua vinda.
“Esperar-te-ei para sempre…”
Sentado de esperança na mão!
Pois uma promessa de eterno amor…
…Jamais se quebra!
“Esperar-te-ei para sempre…”