Fiz um gesto repetido
vezes sem conta às ondas do mar,
um gesto amigo de quem
quer musica ouvir cantar.
As ondas gigantes sem calma
num dia de chuva,deixam escapar
nas pautas das algas se deixam cavalgar..
o som forte e agudo como se soubessem cantar.
A musica lá está para quem a quer ouvir,
seu canto encoava de uma costa à outra,
felizes momentos quando estamos sós...
que orquestração se o vento cantasse
seria..
como o vento embriagado cavalga também
e a chuva molhada toca trompete se tem..
se não tem toca outra sinfonia,
e os meus gestos repetidos ao som da melodia,
deixa-se levar à mais bela alegria,
e os barcos perdidos mais parecem uma coraleira,
e saltam contentes as pedras nos corais,
levaram com as musicas das ondas,
quando saltam perdidas fazem sons por demais..
Iolanda Neiva
(muitas vezes falo só para mim,
e escrevo para que alguém me ouça)
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