Uma noite chegaria para matar a confusão,
Para iluminar a alma com a pureza da verdade.
Já que promessas foram quebradas sem razão,
E o que restou? Qualquer forma de ansiedade…
E assim fico, deitado numa criada triste ilusão!
Pesa-me o tempo que corre, sem que sinta o peso da idade,
Grita-me ao ouvido o silencio a que aprisionei o coração,
E o saber que um dia senti o orgulho, como forma de vaidade…
Sei de cor que amar-te é mais que desejo ou vontade,
E é assim que caio por entre a consentida desilusão
Ao saber que te perdi, e que dentro de uma intima afinidade
Uma noite chegaria, pra criar uma nova ilusão,
Para combater a tristeza com alegria, oh saudade,
Dos tempos em que de alegre chorava por ti o coração…
Paulo Alves