Às vezes a minha paixão por ti foge do controle,
E só um idiota como eu tentaria controlar a paixão
Camuflando-a na minha estupidez, no meu péssimo humor
E na minha incapacidade infantil de me relacionar com as pessoas.
Por mais que por dias e semanas
Eu puna a minha visão em não te ver,
E que engula as palavras partindo sem um oi ou adeus.
Terrivelmente eu não resisto ao teu suntuoso sorriso,
A meia dúzia de despretensiosas palavras
Ao teu olhar de canto de olho, a uma briga por assunto banal.
Gosto tanto de ti que chega a doer
Que não tenho forças para desafiar
A sua fictícia felicidade de dias esporádicos.
M.Cardoso