Poesia não se faz com luvas de pelica

Ainda guardo a esperança de um dia essas mãos largarem a caneta e erguerem mais que placas entre as ruas. A esperança ainda não se perdeu.
Obrigada pelo comentário e pelo elogio.

Um beijo da Punkita.

... e assim vou eu, tentando fazer poesia no grito, obrigada por escutar, as vezes eu sinto que berro com as paredes.
Fico grata por me emprestar seus ouvidos nessas linhas e obrigada por ter deixado aqui sua impressão, obrigada!

Pois é, quando se escuta o eco é que se percebe que o fôlego foi longo e o grito alcançou algo...
Obrigada pelo comentário.
Um beijo.

Que bom que suas luvas de boxe são usadas, tem gente que nunca as tirou do armário... Espero que outros também as tirem e deixemos as de “pelica” de lado...
Muito bem colocada a sua metáfora.
Obrigado pelo comentário e pelo apoio.
Um grande beijo da garota Punk!

De fato, a hipocrisia está entranhada no mundo e a maior parte da sua essência vem da religião, é o perfume dos ratos. Todo esse “pudor” é na maioria herança da religiosidade, valores milenares que não morrem!
O mundo é em grande parte hipócrita e o dinheiro move esse mundo e quem realmente sofre por todos os lados é o povo, sempre pacato e miserável.

Obrigada pelo comentário
Um abraço0! Para ti também.

Por vezes eu despejo na minha poesia farpas entre gritos para ver se acordo alguns dessa minha geração, que eles se desacomodem do sofá e testem suas gargantas, é preciso de vozes (no plural) para se fazer um coro.
A culpa também bate em mim, mas acredito que todos que de fato querem mudar algo, em parte, conseguem. De qualquer forma, o pouco que se faça, com certeza é melhor que nada.

Obrigada pelo comentário, fico feliz que tenha sentido o poema.
Beijos para você também.

Eu posso não ter visto as favelas crescerem, mas vejo o caos que muitas se tornaram ao longo dos anos, as chacinas, a miséria, o sensacionalismo da TV, o menor infrator abandonado por uma Pátria que está longe de ser gentil, como exclama seu hino.
E com tristeza digo-te que ainda se vê pelas “Avenidas Centrais“ desse Rio de Janeiro, onde moro, nordestinos carregando seus pertences em pequenas sacolas cheias de esperanças.
E não fique triste com a sua geração, vocês já fizeram muito e por isso as coisas não estão piores. Quanto a minha...
Obrigada pelo comentário José Brás, gostei muito!

Fico contente que tenha gostado desse meu poema-indignado, manchado de tristeza. Por enquanto eu vou fazendo a minha poesia, que pelo menos, alivia a minha ferida. Espero um dia poder fazer mais.
Agradeço seu comentário!
Um beijo e muito obrigada pelo elogio.

=] ... Eu já acreditei, com convicção, que podia mudar o mundo quando estava no colegial, hoje ainda mantenho essa esperança, porém a sinto cada vez mais longe quando me deparo com realidade. De qualquer forma eu vou tentando fazer a minha parte...
Obrigada pelo comentário e um beijo.

Espero que sim, que outras meninas berrem seus gritos. Eu acredito que a união pode tecer algo significativo para a mudança. A poesia “barulhenta” seria só o primeiro passo...

Obrigada pelo comentário.
Um grande beijo!

Provavelmente estaria bem pior, afinal foi a rebeldia que impulsionou os revolucionários... Se hoje o mundo está um caos, imagina sem esses heróis que brigaram tanto pelos nossos direitos. Se agora temos essa “liberdade” ainda que surrada foi graças a rebeldia. Ainda espero que a minha geração faça algo significativo.
Que bom que gostou do poema, agradeço o comentário.

Tudo pode ser acorrentado menos o pensamento e eu o tenho sempre como o primeiro passo.
Agradeço o comentário Professora.
Um Beijo.

Obrigada!! :)
Você que já acompanha os meus escritos, sabe que não é de hoje que venho “gritando”, também fico feliz de estar sendo ouvida.

Beijos Conceição!

Não se desculpe, a ferida é sentida e o sentimento compartilhado, por vezes também me pergunto, o que há com a maioria dessa minha juventude que não faz protesto, mas bate palma em comícios, em debates eleitorais promovidos pela a televisão, uma das grandes culpadas pela alienação juvenil.
O PT perdeu a ideologia quando o nosso excelentíssimo ex-metalúrgico, ex-revolucionário, ex-reivindicalista, ex-comunista... perdeu os princípios. O Lula dos livros de história não é o mesmo dos jornais da atualidade. Ele que já foi tanta coisa, hoje para mim, é só mais um dos presidentes desse país. Que quando Líder Revolucionário teve a honra de conhecer Carlos Prestes e como presidente chamou Jorge W. Bush de “meu amigo”

De desabafo, para desabafo: também tenho nojo de tudo isso!

Pedro, fico feliz que goste do que escrevo, porém não sou tão corajosa assim e nem dura, gostaria de ser, mas por vezes ainda derramo lágrimas sobre esse solo da madrasta Brasil. Mas sigo em frente fazendo das tripas coração, da ferida poesia, sem esquecer de pedir perdão, a quem realmente merece (sem deus, sem religião), os verdadeiros mártires dessa pátria hostil. Foram eles os corajosos: Carlos Prestes, Pagú, Chico Mendes, Plínio Marcos, Júlio Saraiva (o próprio) e tantos outros conhecidos e desconhecidos, torturados, exilados ou mortos.
E o nosso hino nacional tem a ousadia de terminar dizendo: “... Dos filhos deste solo és mãe gentil Pátria amada, Brasil!” e ainda há quem cante... Como eu te disse, por vezes eu derramo lágrimas...

Obrigada pelos comentários.
Um grande abraço Pedro.

“Poesia se faz”... e eu vou fazendo a minha sem paz, tentando tirar dos meus sentimentos de indignação e angústia a inspiração, na esperança de ser compreendida e de acordar alguns...

Fico contente em saber que aprecia a minha escrita.
Um beijo da punk!

...e eu o que fazer? Além de retribuir o beijo, te digo que a esperança ainda não virou cinzas e enquanto tiver uma faísca, eu sigo em frente com ela.
Obrigada pelo comentário e... um beijo.

De fato a poesia anda precisando de ar, mas infelizmente não é só ela, a humanidade também anda bem sufocada, a escrita é um reflexo.
Obrigada pelo comentário e pelo elogio.
Um beijo.

A intenção foi essa, às vezes é preciso uns bons safanões para fazer alguns entenderem.
E tem razão, a arte não pode ficar enclausurada nos grandes salões. Ela precisa bater as portas das maçanetas de ouro e ir para a rua ser cuspida, aplaudida, pisada, sentir frio, medo, dor...
...a bala pelo calibre literal anda escassa pras bandas da rebeldia, mas a caneta ainda tem munição. A tinta vermelha é eterna!
E aqui para terminar cito ‘Geraldo Vandré’ (mais um que “pátria mãe gentil” expulsou): Só “Pra não dizer que não falei das flores” (rss).

Júlio, sabe que te admiro muito, não apenas pela sua escrita, mas também pela sua história e é por essa mesma história que também te peço perdão.

Um beijo.

concordo com tudo o que foi anteriormente dito.
mas também concordo que a poesia é a expressão literária de sentimentos e acredita, nesse só falta um grito de guerra.
parabéns, de vez em quando vai variando os temas, não deixes só de chorar e gritar porque a vida não se faz só disso.

adorei, a sério, grande poeta, espetacular

... então eu lanço o grito agora: GUERRA!!
Acredito que uma guerra civil não seria de todo mal, sei que muitos morreriam, mas quantos já estão morrendo?... nas favelas, nas filas dos hospitais, nos Sertões... pelos menos estaríamos lutando. Também sei que a educação é o melhor caminho para a mudança, mas para ter uma de qualidade só brigando por ela.

Eu olho para todos os horizontes, também enxergo a beleza da vida... tenho outros estilos de poemas postados...
Mas são nesses, “sem luvas de pelica”, onde está a minha essência.

Obrigada pelo comentário
Um beijo.

e ficas mesmo bem

Obrigada Flavito!

Um abraço ;)

Você captou a essência do poema...
É um poema de revolta e esperança...
Tem a intenção de gritar as injustiças e convidar o povo à reflexão por ainda carregar o sonho da mudança.

Obrigada pelo comentário
Um beijo.