Volúvel madrugada...
Presos no fio das horas
fiapos de luz acordam
cobrindo as planícies
do abandono,
onde o orvalho cristal
se dependura da folhagem,
reflectindo faúlhas de arco-íris.
Pássaros azuis,
sonolentos ainda,
arribam, distendem as asas,
ensaiam o primeiro voo
matinal
e lançam-se em direcção
ao sul.
Vagarosas as núvens,
cúmulos fantasmagóricos,
pinturas abstractas
suspensas e gratuitas,
fazem percurso
no sopro perpétuo
do vento.
Da minha janela vejo
o que só da minha janela se pode ver!
E bocejo...
cheio do dia que acaba de nascer!
by Paulo César, 3m 14.Out.2009, pelas 14h00
Escrever é uma forma de estar vivo!
Paulo César