Poemas : 

Fêmea em quimeras de impudica aquarela! (Rondó)

 
Fêmea em quimeras de impudica aquarela!

Intumesce o rosto pálido
Surpresa explícita e acesa
Branca era a flor sem libido
Claro estava, perdera os sentidos

Virginal em leito proibido
Sem véu e na dura incerteza
Abriu as pétalas do vestido
Os botões em casas – pureza –

Cortejada, bobagens aos ouvidos
Estribilhos sem qualquer realeza
Vulgarizavam, eram os gemidos
Prazeres ali estavam a serem vividos

Corpos em choque, escondidos
Na alcova de sutil beleza
Apetecida, a inocência havia morrido
Como o sol no adeus á natureza

Deixara de ser lua, a princesa
Era agora fruto amadurecido
Conhecera o tato, a esperteza
O nu artístico lhe havia sorrido

Os dentes brancos em delicadeza
Projetara a boca indefesa
A mordiscar com certa destreza
Pontos macios e preferidos...

Fêmea em quimeras de impudica aquarela!


"A vida de um poeta é como uma flauta na qual Deus entoa sempre melodias novas." (Rabindranath Tagore)
Open in new window

http://taniamarapoesias.blogspot.com


 
Autor
Tânia Mara Camargo
 
Texto
Data
Leituras
802
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.