23 horas e 16 minutos, certinhas!
Dirigia-me eu a casa, moro nos subúrbios da Cidade dos Arcebispos,Braga, para ser mais preciso para pessoas que só viram Braga por um canudo e eis senão quando:
-Oh socoooorroooo, oh socoooorrooooo!!!!!!
Valha-me Jesus! Eu não sou crente, se disse Jesus, foi precisamente porque o pedido de socorro vinham dos pés das escadarias do Bom Jesus de Braga.
Parei o carro saí sem mesmo fechar a porta e veio de lá um ciclista sem luz que se enfaixou na porta do carro e estragou-me a porta toda, o ciclista pouco me importou.
Corri para o local de onde vinham os pedidos de socorro e... ai Jesus!!!, Lá estou eu outra vez a falar de Jesus, nem sou crente!... o que vi era coisa horrível, era coisa de outro Mundo, nem vão acreditar, eu sei, mas é verdade verdadinha, juro.
O que vi eu? Credo Jesus, outra vez? Vi um esqueleto com uma faca de cortador ( que nem me curtia a dor só de ver) espetada nas costas e na mão se assim posso chamar, um belo pacote de tripas. E nem eram tripas à moda do Porto.
Estávamos no mês de Dezembro, fazia frio, e o esqueleto fazia claque.... claque.... claque....por todos os lados e quando falava era o mesmo.
-Então o que é que lhe aconteceu? Anda todo nu, e com as tripas na mão, bom também é verdade que não as pode por no devido lugar!
-Não são as minhas disse, ouvindo-se o cla cla da dentuça, são as tripas de um gato, as minhas roubaram-mas e trouxe estas para ver se se podia fazer alguma coisa.
Entretanto, chegaram os bombeiros que eu tinha chamado, o primeiro socorrista que se aproximou, fugiu mais depressa do que para prestar socorro.
Depois lá o meteram na ambulância cobriram-no com um cobertor por causa do frio e lá foi para o hospital
No hospital logo foi instalada uma comissão de inquérito da policia cientifica
-Então, perguntou o agente, conhece quem foi que lhe enfiou a faca na pele, desculpe, no esqueleto?
-Se conheço, senhor agente, se conheço, e o senhor também a conhece1
-Eu conheço-a? Então é uma mulher?-
-É sim, senhor agente, é a campeã do mundo do.... Rock!
Foram as últimas palavras do esqueleto, CLIC....CLAC......CLIC........CLAC...............CLIC.......................CLAC parou de respirar e morreu!
A. da fonseca
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