Preso num sábado de sol que ferve
Com um copo de cerveja já pela metade,
Batuco numa mesa capenga que me endireita a cadência.
Então vem
Puxa a cadeira e se faz presente
Toca a minha nuca de leve e bebe meu último trago de cerva,
Beija suave o meu pescoço com sua língua gélida.
Eu não quero esquecê-la, eu a quero de volta.
Quando parar, vai dizer que não dançou para mim,
Esquecendo-se que conheço seu olhar de conquista
Os movimentos que seu corpo faz quando se excita.
Tem alguma dúvida que morri de saudade do teu sorriso?
Leia o bilhete, siga atentamente as instruções
A rua é deserta, a casa em ruínas está abandonada
Sucumbiremos ao desejo antes que a realidade retorne.
M.Cardoso