A mesma velha rota esfarrapada indumentária de sempre
Não mudamos um milímetro
Não mudamos em nada
Ainda somos os mesmos velhos viciados em mágoa
Um de cada lado
E, no meio, uma tonelada de erros
Forçamos a aproximação
Mas não dá
As bobagens que fazemos ocupam espaço demais
Talvez o melhor seja mesmo esse escandaloso silêncio que se faz
Entre o rumor do seu olhar
E a explosão do seu desdém
Que cada um consiga seguir em seu caminho (presos por cangalha)
E que consigamos um dia olhar para trás sem morrer de dor
Amém