Eis-me lá no alto
da mais alta montanha,
onde apetece dar o salto
para a grandeza tamanha...
E então abro os braços
e deixo-me trespassar
pela paz que se entranha
e em minh`alma faz laços
que nada vai desatar,
e nessa paz apetece levitar...
Sento-me, cruzo as pernas
e de olhos fechados
e braços elevados
percorro delícias eternas
e sobrevoo vales encantados
enquanto as brisas ternas
me afagam o rosto
e tudo em mim flutua
e vai até do sol até à lua...
De repente estremeço
ao toque duma mão nua
de alguém que puxa por mim
e sorrindo me conduz
a um secreto jardim
repleto de luz
e então puso a cruz
e enfim descanso
à beira do manso
regato que reluz...
E um fogo intenso
de amor me seduz
e nele me condenso
e no mistério denso...
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