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Hoje que paga sou eu.
Quando da fábrica eu voltava
Um amigo sempre me convidava
Para juntos tomar uma bebida
E mais alguém que lá estavam
Mais uma rodada eles pagavam
E assim eu continuava a vida
E foi assim por muitos anos
Eu sempre fazendo planos
De melhorar a minha vida
Mas um dia chegando à casa
Vi que ela tinha batido asas
Indo embora, sem despedida
Hoje bebo e até passo mal
Pois faço do bar a sucursal
Do meu lar que já não existe
Vou bebendo e vou chorando
Dia e noite eu vou lamentado
A razão de viver tão triste
E quando chegam às seis horas
Que os operários vão embora
Eu lembro do tempo do apogeu
- Entrem, bebam todos à vontade
Vamos blindar a nossa amizade
Agora quem paga tudo sou eu.
jmd/Maringá, 13.10.09
verde
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