Eu e as palavras...
Minhas palavras falam por mim (às vezes até gritam). Chegam para revelar o íntimo do meu pensar e expressam melhor do que eu o que vai ao pensamento, as idéias, emoções.
Quando crio evoco os mais diversos sentimentos, afetos e desafetos, amores e dissabores, alegrias e dores, aflições, medos rancores, paixões, saudades, desejos e solidão.
Ponho a prova o meu resistir, provocando o que me há de mais secreto. Meus poemas, rimas, temas refletem uma percepção, um olhar pessoal sobre a vida. As personagens que crio traduzem de mim alguma prática, vivência, repercutem muito da pessoa, da mulher que sou.
Trato as palavras como a vitrine pela qual desejo transpor algumas barreiras, a janela que se abre para longínquos lugares alcançar, inclusive e em especial lugares implícitos em cada pessoa que as lê. As palavras têm comigo um trato de fidelidade, um acordo de expressão da verdade, do meu verdadeiro sentir.
Não dizem mais do que se propõe, não têm pretensão de serem certas. Apenas expõem em verbos o humano que há em mim. A multiplicidade de idéias, a diversidade do sentir, o avolumar das emoções. Meus delírios , febres e lucidez.
As minhas palavras são a tradução da maturidade, do crescimento contínuo e diário, da pessoa que evolui existencialmente, da percepção que aguça, do olhar que capta melhor, dos ouvidos mais apurados do mundo ao redor. São também um espelho da criança eterna, da menina sapeca, da moça sonhadora, carregam em si, consigo um veio de cada uma dessas que fui, do que delas guardo, exercito.
Acordamos não nos perdermos nunca, não nos desvincularmos, ainda que para o crescimento de ambas, por vezes tenhamos que viver um temporário aparte, mas o acerto é que na volta, estaremos juntas, a trocar as experiências, a continuar coerentes, caminhando em compassos iguais, na mesma linha... Mesmo rumo...
Que possam sempre levar as nossas verdades, a plenitude que carrego, que expresso através delas....
Eu e as minhas palavras...
[size=large]Citando:
A felicidade é branca... O amor tem matizes que nos fazem ver o infinito..
.
O desejo de escrever persiste, por vezes em tons felizes, vibrantes cores, outras em tons pastéis. cor de pérola, mas o que importa é que não há r...