Poemas : 

Corumbá, jóia do rio Paraguai

 
Corumbá, jóia do rio Paraguai
 
Lembro de ti felina,
Sempre que algo me oprime a alma,
Sempre que sopram ventos frígidos,
Sempre que o calor chega inclemente, indolente...

Felina misteriosa,
Quem és tu criatura,
Que trazes na alma
O encantamento, a magia,
Que alucina,
Os que te estimam,
Os que te menosprezam,
Os que te invejam?

Pouco te importa o mundo!
Auto-suficiência que só a alma felina entende.
Aproveitas o prazer de ser singular, insular...
De ser uma pérola que os homens desejam,
Mas, não entendem.

Sua ira momentânea,
Já não me assusta;
É própria dos que se sentem livres
Para serem livres.

Espreita, silenciosa,
O mundo que te envolve,
Que te enclausura,
Com a altivez dos felinos selvagens.

Ensinaste-me, felina querida
Muitos segredos do mundo,
Aqueles que compartilhas,
Quando a lua está por explodir,
Quando as estrelas arranham os céus,
Partindo com estardalhaço.

Quem de longe te avista,
Gata centenária,
Envolta por águas, lendas, sonhos...
Tem certeza de estar partilhando
Algum raro e singelo
Enigma da natureza,
Não é à-toa que te chamam de a jóia do Paraguai





Fiz essa poesia para Corumbá no Mato Grosso do Sul.Cidade onde vivi dez anos e que me traz muita saudade.
 
Autor
Frederico Rego Jr
 
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Enviado por Tópico
João Marino Delize
Publicado: 13/10/2009 14:34  Atualizado: 13/10/2009 14:34
Membro de honra
Usuário desde: 29/01/2008
Localidade: Maringá-
Mensagens: 1976
 Re: JÓIA DO PARAGUAI
Gostei muito deste seu poema. Se acaso se refere às mulheres do Paraguai, concordo, vito que no meu entender, são as mulheres mais livres e lindas
de todo o mundo.


Abraços:

Enviado por Tópico
luciusantonius
Publicado: 13/10/2009 21:01  Atualizado: 13/10/2009 21:01
Colaborador
Usuário desde: 01/09/2008
Localidade:
Mensagens: 669
 Re: JÓIA DO PARAGUAI
Ao ler este belo poema, senti-me apaixonar por felina. Os seus dotes sugeriram-me uma linda mulher. Ainda que o não seja equivale-se-lhe no fascínio. Uma cidade pode ser e é transportadora de um manancial do eterno feminino.
Um abraço
Antonius