Estremeceu de amor teu olhar
Quando tua boca feita perdão
Aceitou em “v” minha ousadia feita língua
Não foi de medo não esse estremecer!
Apenas presença!
As palmas das minhas mãos qual concavidade efusiva
Mas simples,
Recebem o teu outro corpo mais ateu
E masturbam seus contornos num esfregado aperto
Com vigorosas intermitências digitais
É mentira tua outra vida feita máscara
Que se aproveita do duche e do vestir
Para negar esse caminho por descobrir
Por entre as várias misérias sem tecto
Que se pensam cobertas de razão.