Um manto
De coisas fartas
Rompem a minha memória
Estéril
Esgotada e abandonada.
Quem sois? Pergunto-vos
Trazeis loucuras
Embrulhadas em contos
Trazeis daí brochuras.
Um manto
De coisas varias
Estou aqui parado
Vendo séculos partirem
Sentindo a brisa
Do progresso.
Um manto
De histórias esquecidas
Rodeadas de arbustos enormes
Tapadas.
Alucinantes
As vidas que passam
Correm para a morte
Com toda a inocência.
Abandonada,
Um manto de farsas
Contos e histórias
Verdades cruas
Nas noites nuas
Ocorrem
Por aqui, por ali
Um manto
Um santo
Um qualquer, qualquer um
Ocorrem aqui
Por ali
Um manto de coisas varias.