Viajei nove países, conhecí milhares de pessoas mais nunca mais pude esquecer daquela face.
Passei momentos estranhos com pessoas esquisitas, comí algo sem tradução naquela terra, mais não tão bom quanto a face que não sai dos meus sonhos.
Passei dias nos mercados e noites nos cabarés, com vontade de nunca mais voltar, tive que me contentar com os sete dias permitidos que tinha em meu passaporte.
Passei por cima de marés, florestas e pequenos povoados. Tudo muito lindo e ilusório até me deparar só, acompanhado apenas daquela face em minha mente.
Vaguei no frio, ao toque de recolher às vinte horas de sábado de Agosto. Wisk quente e lareira, corpos quentes, brasquinhos sem sombra de verão e comestiveis. Mais nada de me livrar daquela face...
Marcos Lima