Imagem Pro-(jet)a
Eu sinto-me consumir em desejos indomáveis:
o erotismo obssessivo, lânguido e sarcástico,
a depressão embebendo-me na sedução
De um mundo com seu voluptuoso
Meio de fazer com que amamos e busquemos
Até o átimo do delírio que asfixia o homem comum.
Eu sou senhor da solidão!
Isto é o que sinto,
E vejo escrito pelo sangue
Que foge dos meus punhos
Ao cair no chão, escrevendo sobre a sombra.
Uma alma vaga e perdida me acolhe,
E digo-lhe:
- Eu não nasci para o mundo!
Pois, a minha sede jamais se saciou.
E morro pelo desejo
Querendo me sentir com mais vida,
Quebrando esta minha essência fiel.
Mas, inútil por fim a toda uma concreta construção.
[Davys Rodrigues de Sousa
Davys Sousa
(Caine)