CABO DA ESPERANÇA (rep)

arfemo
País de marinheiros e poetas.
Entre o desejo de alcançar
e o reflexo neste mar.
Boa escrita como é costume.
Parabéns.

Com que bonita teia de sentidos nos presenteou neste poema! Que bom é manter a ternura e a esperança qualquer que seja o estado do tempo e das coisas, e ser sempre ilha-ponte no meio do azul. Um elogio à equanimidade.

Gostei muito!

Beijinho

meu caro amigo,

há perguntas que ninguém ousa fazer a um poeta-marinheiro. esperam que ele volte dos seus naufrágios, coberto com palavras de algas, e tempestades nos olhos. só aí talvez alguma alma bondosa se interesse em saber quanto tempo custou a ele dobrar o cabo das desesperanças. e ele, o poeta, que precisou morrer tantas vezes, responderá com um sorriso breve. bela reflexão em forma de poema esta que você nos oferece.

abraço,

j.

quanto custa aos homens da boa esperança remarem com força em busca da bonança, novamente?

belo e sentido poema

beijo

Arfemo
Deste belíssimo poema evidenciam-se actos ou sentimentos que não têm preço: a aventura, a ternura e, a mediá-los, a Esperança.Encantou-me.
O meu abraço
Olema

No dobrar do cabo
houve miséria e glória
não perderam a esperança
assim reza a história,
houve solidão
mas nada foi em vão!

E um Deus passava, alheio ao que via.

Um abraço
rosa

Ser a esperança da ternura da bonança é uma interrogação em contante capitulação!
Um abraço por um escrito que muito me agradou!

...Sim meu amigo, ninguém pergunta do cabo, "das tormentas", das "gengivas vazando pus'...
parabéns. Gigante!
Abraço com amizade!
Edilson

Caro Amigo Arlindo!

Eu sou um apaixonado por história, e como todos os portugueses, encontram nesta proeza, ultrapassar o Cabo da Boa Esperança, o orgulho que nos falta hoje para superar as dificuldades deste nosso tempo. Deste modo, espero ter respondido à primeira parte do seu pensamento, a meu ver, o mais fácil, os nossos antepassados facilitaram-me a tarefa.
Dobrar o cabo da ternura amigo é que é um verdadeiro tormento para qualquer marinheiro, mesmo os que navegam em papel, esses encontram muitas vezes as ilhas que o coração reclama, mas não me pergunte porque, talvez porque descendemos de marinheiros, temos que partir em busca sempre de mais e nem sempre encontramos os tesouros que procuramos.
E de desgosto em desgosto, içamos as velas e partimos à procura do amigo perfeito, o poema perfeito, o momento perfeito, enfim, procuramos o que nunca vamos encontrar.
Temos com toda a certeza um pouco do Ulisses, ele também conhecia os riscos da aventura mas foi em frente, e dizia:
"Quero ouvir o canto das sereias. Dizem que elas encantam os marinheiros com a sua bela voz e eu quero sentir esse encantamento."
E nós também procuramos esse encantamento da Bela voz , esquecemos que a ternura é afinal uma gesto tão pequenino.
Mas com o envelhecimento ficamos todos os dias mais perto da ternura.
Um abraço
JLL

"Indiferente à tempestade ou à bonança,
Ser uma ilha entre o azul e o mar."

gostei muito destes dois versos finais,que me remeteram para uma estranha solidão,que não o é.para uma fragilidade que é afinal força.para uma estranha condição de se ser,entre o azul e o mar.
beijo,arfemo.
alex

pois....dobrar o cabo da ternura não reza a história.

...mas passou a estar.

beijo

Tornar o cabo das tormentas em cabo de boa esperança. essa palavra ternura consegue-o concerteza.

Abraço

Todos temos momentos na vida que precisamos de dobrar o cabo, por vezes com esperança, outros sem ela, mas tentamos e se conseguimos, é uma glória.
Excelente Arfemo

Abraço amigo

A. da fonseca

Tento não ficar assim, mas emudeço.
Ninguém nunca sabe, dos tombos que levamos para estar aqui.
Seu poema não tem face, vira um espelho invertido no qual nos vemos. E os sentimentos aqui tão bem colocados de boa vivencia mesmo nos contratempos, reflete um povo, que sempre acredita e nunca se verga. Espero ter visto certo...
Apalusos! Bj

Arlindo,
E como é bom deixar-se levar assim ao sabor da boa poesia.
Bj
Nanda

Caro Arlindo,

Estou em crer que nos custa mais dobrar «o cabo da ternura», do que o «cabo da esperança», apesar de sermos um país de poetas, como se diz.
Belo poema.

DM

Um dia quem sabe? Se o homem deixar o azul e o límpido do mar entrar em sua ilha (coração).

Beijinho