Chegou de madrugada Foi adentrando ao meu quarto Sem pedir licença, Como se fosse da casa. Como se ninguém percebesse sua presença, Com um jeitinho de assustada, Já que eu era uma estranha Mas mostrando coragem Com a altivez tímida do selvagem. Fiquei em silencio observando Tão bela e estranha personagem.
Tinha um falar rouco, diferente Dos que estava acostumado. Comeu meio assustada, Na mesa posta para os da casa, Olhando-me de soslaio, Esperando alguma reprimenda, Já que era uma convidada inesperada.
Saiu como tinha chegado, Despediu-se agradecendo, Apenas com o olhar. Nunca mais voltou para o jantar.