SER POETA
Ser poeta é seres uma contingência
De tudo que transcende numa pessoa
É seres carne e alma e vida trazidas pelas asas
Que inspiram e culminam na existência.
É seres fidedigno a vida que se cria
No útero bruto e langüe e obscuro
E lascivo de sua alma
Transportando todo “eu” evasivo
Que corrói a verdadeira inquietude do ser
E que se incorpora em emoções e sensações
E perspicácia e dons que emanam
No cerne da vida, aqui, outra vida surge
Outra vida nos conduz ao universal
Do ser poético que nos enfeitiça,
Nos dramam e tramam.
É colher frutos da alma
E é sentir, mal-sentir o sentido das cousas.
Davys Sousa
(Caine)