Poemas : 

Lágrimas de Prata I

 
Lágrimas de Prata I

Descobrem-se em mim as madrugadas mortas,
Podres de orvalho acabado de nascer,
Revolvem-se os mares e os olhos cansados,
Repletos de ocultos abraços por dentro da minha pele.
Comungo da consumação etérea do acto do amor.
Calo-me por dentro só para ouvir o teu gemido.
Silencio a minha dor, abafo meu cárcere,
Sou prisioneiro nas correntes do pensamento.
Um Ser Inerte, devoto do abandono.
Ilumino-me na chama que ecoa pelas chuvas amargas,
Lágrimas de prata,
Caem por entre a tempestade.
Lágrimas de prata,
Ofuscam um mar revolto, que se espelha em mim.

 
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jomasipe
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Enviado por Tópico
Conceição Bernardino
Publicado: 08/10/2009 08:25  Atualizado: 08/10/2009 08:25
Usuário desde: 22/08/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 3357
 Re: Lágrimas de Prata I
gosto da forma como descreves as imagens do pensamento.

beijo