Hoje vi o mundo como queria.
Acordei com a certeza de que o azul seria meu companheiro e sem dar conta, ao entrar naquele compressor que é o Metro, lá estava ele, o Azul chegando...Até no fim uma névoa tímida cobriu o ambiente.
As árvores notaram-se e o verde não quis ficar de fora. Foi bem vindo.
Jogaram-se bolas de ideias, qual delas a mais colorida e sem fazer ricochete trocámos vermelhas e amarelas.
Fomos crianças ao sabor do vento.
Desvendámos mundos já conhecidos mas porventura um pouco esquecidos. Vibrámos de alegrias, saltámos à corda das tristezas e brincamos às cores.
Senti o azul aquecer-me o corpo jovem que desfalecia e o vermelho-lábios sorriu, ao ver-me de mãos dadas com o amarelo-preconceito.
Tudo tão diferente, parecia quase milagre.
Havia sorriso naquela face negra de pesar e...tinha sido eu!
Mas o sonho acabara e a realidade nua e crua...essa... era a preto e branco.
Qualquer dia ainda vou chamar um pintor para modificar o retrato dos homens...
Filinha
FILINHA