Sopro de Vida
Fico acordado a noite inteira,
falta-me o sono,
fazem-me falta as palavras para dormir,
os sonhos, esgueiro-me por eles.
Deito-me no relaxamento abrupto da chuva incessante.
Deleito-me na fantasia obscura da máscara breve.
Sou lince, leão selvagem,
nas breves planícies das minhas emoções.
Cavalgo as marés insanas,
suplico por descontentamento.
Vem,
fere-me a Alma,
jaz comigo no alado sentir do frio inerte.
Vem,
ilumina a minha morada,
encandeia meus breves passos,
acalma em mim,
a cura incerta que lentamente me apaga o sopro da vida.
Afaga o suave toque do meu coração.