Quando a voz estrenha, soa então que venha,
Uma vida tem tamanho e é oportuno sem ter senha,
E ter senso, a todo este processo,
Espero que na árvore esteje embrolhado aquilo que eu peço,
Digo ao mundo aquilo que eu quero, deixo ao mundo aquilo que eu sou,
O rumo que ele me traçou e nem sei bem para onde eu vou,
Neste poema, que assim não tenho como tema,
Com tinta a minha pena, a pintar a minha vida terrena,
Inverte o esquema, hoje é o ternó que leva a rena,
Simplicidade do lema com pietade, mas, sem ter pena,
Sou livre, mas com uma acção condicionada,
Com uma sirene na cabeça de uma paixão distânciada,
Já me abituo, com muito trabalho pelo cósul,
O risco é contínuo, como tal eu não recuo,
Abrindo todo eu regreso ao vulneravél,
Tentado mantendo estável, sentimento inigualavél,
Já me sonho impremiavél ao que eu dou eu quero retorno,
Este amor é mesmo assim o corpo todo no forno,
As vezes queima, mas agente volta e teima,
Bonito ver relações saber que ninguém reina,
Saber estar, saber ser, no fundo saber fazer,
Viver é informação, é está sempre a aprender,
Sem resumos e infriltragens a situação selecçiona,
Sem grandes mestres é mas o tempo lecçiona,
Ainda não sei nada sou tão ignorante na matéria,
Mas este assunto interessa e encaro de forma séria,
Sem grandes medos nem parceiros, não me faz falta muita gente,
As vezes ser sincero, confunde com um ser diferente,
Curioso que cada linha que eu escrevo é uma imagem,
Como cada janela que eu abro que entra sempre uma aragem,
Que me refresca dos pés até a testa,
É o sabor do risco que tanta gente detesta,
Mas me faz viver em festa, viver em consunância,
Dar favor ao que merecem e esses dar importância,
Sem Santos e fantasmas o real tem todo o osso,
O que me faz ver o mundo, está assim do pescosso,
Fica o poema agora enventem influência, ou referência,
Qua dá cor a minha vivência.
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