Queria desenhar uma rua onde pudéssemos caminhar de mãos dadas, onde nada, nem ninguém se pudesse intrometer. A verdade é que já lá vão 2 anos cada dia no calendário para mim é uma eternidade. Por esta hora á alguns dias abro devagarinho a caixinha das recordações e ponho-me a ver o álbum que ainda não completo me faz recordar aquilo que á algum tempo me parecia certo. Custa olhar para tudo aquilo e pensar que um dia, foi real, que não são apenas imagens da minha imaginação.
Devagar vou-me habituando a percorrer as largas ruas que criei sozinha. A cobardia substituí hoje a coragem que á 1 ano existia em mim. Mostro ao mundo um sorriso que lá no fundo é apenas mais uma lágrima que tento abafar para que ninguém veja. Onde está aquele sorriso que eu e tu esboçávamos enquanto tudo parecia perfeito? O meu perdi-o no dia em que subitamente deixamos de falar. Magoou, senti que tinha perdido uma peça importante da minha existência, realmente durante vários meses aquilo não me deixava sequer respirar, eram demasiadas perguntas e nenhumas respostas.
Pensava que o “E viverão felizes para sempre” também se aplicava na realidade, mas nada é perfeito, nem tudo dura para sempre, nem que queiramos. Á minha volta parecia um dia de inverno, onde o sol não brilha, e só a chuva caí.