O mal do Homem, assim como o seu bem maior,
é esta sua eterna insatisfação.
A procura de novos desafios,
no intelecto, na carne ou no sentimento,
que se supõem por senti-lo mais na pele,
do que o que se tem por consciência,
de um testemunho cabido ao ser humano,
torna-se assim prioridade.
Se formos temperados de boa índole,
ante o negro do abismo, servir-nos-emos
dessa nossa capacidade, não para
um total desinvestir da nossa condição evolutiva,
trazendo-nos de volta ao estado mais primitivo,
que invariavelmente nos conduz à Tribo,
ao culto e ao fundamentalismo, mas antes
para ao conhecimento adquirido,
passarmos um testemunho de fé,
onde impere o bom senso e a ainda querença,
nunca a prorrogativa que falseia e induz
ao disparate, como se nos julgássemos
seres omniscientes, de um qualquer Cosmos
interior e auto suficiente.
Jorge Humberto
(03/12/2003)