Lembro-me como se fosse ontem, O dia em que bazas-te,
Cagas-te forte para tudo, O que tinha-mos construido...
Abanas-te no mundo dele, Levaste toda a isencia,
Levaste a minha penetencia, Nem deixas-te sequer pedir clemencia...
Por alvo me quer, Aconteceu,
Libertei-me em palavras, A minha propria alma, escreveu...
Aprendi aceitar, A deixar de pensar,
Em algo que apenas, Podia sonhar,
Era frequente relembrar, Quando me deitava,
Quando acabavas, De acordar,
Olhava-me ao espelho... E via o reflecço... Uma vida sem necso...
Ficava horas sentado na praia, A olhar para água do mar,
Como se lá estivesse o reflecço, Do teu olhar...
Pegava numa lagres,
E escrevia o teu nome na areia, Com o tempo o vento apagou,
E a mim não foi assim, Porque a tua marca ficou...
Escondo-me atrás de alguém, Que não consigo amar,
A vida é mesmo assim, E esta merda está a piorar...
Dia após dia, Penso mais em ti,
Se este é o meu destino, Não quero mais ficar aqui...
O amor resulta ao odio, O que tu fizeste não tem explicação,
Mas, onde é que eu errei, Para merecer esta lição?
Será que e pecado? Amar com todo o coração?
Se calhar o edial, É dedicar a vida ao mal,
O mais verdadeiro, É o que mais sofre...
A todos os que sofreram, E morreram,
Eu dedico esta estrofe... Dama, eu sei que um dia vais voltar,
Eu não te posso aceitar, Mas, quem sabe,
Podemos converçar... Esclarecer tudo o que aconteceu,
Se calhar dar a perceber Porque que, A minha vida morreu...
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