VIDA MORIBUNDA
Enquanto desaparecida I
Que vida moribunda
Que as forças me arrancou
Mais morta que viva, a vida não abunda
Pois da vida… não sei… me abandonou!
Anda talvez, divagando por aí…
Depositada para um qualquer canto,
Estorvando a cães vadios, sedentos de alimento.
Mas tem força, que pranto!
Corre, corre mais que eu corri
Para encontra-la no sofrimento.
Coitada! Coitada mas de mim que me roubou!
Mas não me importo, conformei-me!
Conformei-me à resignação
Pois não tive outra solução.
É pequena demais, ainda não acabou.
Sentada na resignação observo sua aflição
Não sabe viver sem mim. Está longe do fim
Mais em dia terminou, e não me encontrou.
Continuo sentada… à sua espera.
O dia há-de chegar enfim.
(continua)
2005