Poemas -> Sombrios : 

procedências do encolerizado

 
profanei o epistemológico soro
com somático elixir do colérico
violei a cloaca terráquea
e
analisei o felpudo à pélvica
com calabres satanases

adejei frontes ocultas
com implosivos lúdicos lúgubres
pari páramos vermelhos
e
os picos que repicavam
eram ignívomas placagens
aos deicídios assassinados
expelidos na furna

serpenteei aos danados liquefeitos
em deserções de sanguíneas cinzas
sorvi o sémen combusto
e
esgarrei os venerabundos

com gládios escudados esventrei
hibernais nutritivos escorridos
em abolado de efígies prostradas
auspiciei o palato genital
em lingual polimento
e o sanguíneo que desaguava
nas fozes dos fontanários

© Bruno Miguel Resende
 
Autor
Bruno Miguel Resende
 
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