A ambigüidade faz parte do comportamento humano,
De um lado emite sinais de paz
De outro a guerra faz
Ambivalente crença, só quando uma criança jaz
Alarde denúncia traz
Senão acomoda fica tudo como está
Mudança ainda que pequena assusta
Mas de bacamarte a falzi, destila o homem seu fel
E quando jorra o sangue, procura inútil o mel
Mas já não mais flor
Só resta dor...
Esta ambivalência cruel
Inda nos custa a espécie
Quero ver valente
levantando luz do farol
Quero ver tenente
apagando o paiol
Porque Ele, o menino-deus
Não se fez de Zeus?
Se, ao poder da lança não se rendeu?
Se, ao vinagre da taça não se enfureceu?
Disse apenas uma frase:
"Perdoa, Pai, eles não sabem o que fazem."
AjAraújo, Outubro de 2005.
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