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Se houver adeus

 
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Se houver adeus
Afastar-me-ei do que sou
E deixar-me-ei mergulhado
No silêncio predestinado
Não como nu vou e volto
Do mar
Mas morto
Que tem na memória
Uma vida
Cheia de vozes
Se não
Afastar-me-ei a pensar na ignorância
Nos horizontes sufocantes
Das catedrais que vão ruindo
Com uma lágrima insensível
Com a semente de um rio
Deixarei o que amava
Sem direcção

Até a brisa mais suave
Se não me ignorar
Me sentenciará de penas eternas
Se não
A minha existência
Não passou de uma ilusão.






 
Autor
Carlos Ricardo
 
Texto
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Enviado por Tópico
Maria Verde
Publicado: 03/10/2009 23:42  Atualizado: 03/10/2009 23:42
Colaborador
Usuário desde: 20/01/2008
Localidade: SP
Mensagens: 3489
 Re: Se houver adeus
Carlos,
Um adeus emudece e desatina quem fica e quem vai. Mas a lágrima nunca será totalmente insensível, acho. Grande poema!
abraço carinhoso.

Maria verde


Enviado por Tópico
Radiante
Publicado: 06/10/2009 07:23  Atualizado: 06/10/2009 07:23
Da casa!
Usuário desde: 15/09/2009
Localidade: SP/ Brasil
Mensagens: 209
 Re: Se houver adeus
Texto forte, onde a sentença parece
pré-determinada.

Que não haja adeus.