Sinto que das mãos,
caem palavras perdidas.
A desilusão é a agonia do poeta.
Se o fosse, estaria agora,
numa letargia agonizante,
um desistir de Querer.
Perder,
é algo que nunca me acontece,
apenas deixo de ganhar...
por dentro, sinto-me Mar!
Transbordo-me pelo olhar....
gota a gota.
Importa pois nunca ser poeta
e deixar antes, que agonizem as palavras!
Que sejam ocas,
cheias de nada! Hediondas!
Mar sem ondas,
é como me sinto...
sem o sol a pôr-se, no infinito de mim,
até onde o meu olhar atinge,
sem farol, ou lua que finge,
a noite iluminar.
De mim, saberão sempre que sou Mar,
mas nunca poeta!
Talvez por isso, o Sal que tenho nos lábios,
me provoque um sorrir de Alma,
mesmo perante esta agonia das palavras.
Amanhã, existem mil ondas para me embalar.
Andy