Libertação
Quando disse sim...
Acreditava em tuas palavras.
Em teu amor.
Podia dividir vidas contigo, na alegria e na tristeza.
Assim o fiz.
No início...
Longos momentos de ternura.
Cumplicidade.
Passeios pela cidade.
Amor.
Paixão.
Com o passar do tempo.
Abandono ingratidão.
Até o momento que levantastes a mão ferindo minha dignidade.
Maior que a dor física sentida, a mágoa no coração.
Vergonha.
Humilhação.
Triste não saber para onde ir, e o que fazer...
Havia deixado minha vida, para viver a tua.
Que idiota!
E agora?
O tempo havia passado sem que eu me desse conta.
Ainda assim resolvi perdoar.
Recusava-me enfrentar o mundo com piedade de mim dizendo:
Ruim com ele... Pior sem ele.
Ainda assim de nada adiantou.
Pensavas ser o dono de mim, como se eu fosse um objeto de consumo.
As agressões agora eram mais freqüentes.
Deixavam-me com vergonha de toda gente.
Faziam-se visíveis.
Marcas pelo corpo chamando atenção.
Como sair?
As desculpas não convenciam ninguém.
Muito menos a mim.
Foi então que decidi:
Vou encarar o mundo e livrar-me de ti.
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