Mar que canta
que chora,
que lamenta,
que pede e não reclama
Mar das chegadas e partidas
do tudo,
do nada,
que sente e não diz.
Mar que banha, alimenta
que se agita, tormenta
que toca na plenitude
faz gaivotas cantarem
Mar, o doce murmúrio das ondas
a suave cantiga das noites
com suas cores, matizes
tão reais para quem sente
Mar meu, seu, de todos,
marujos e pescadores
do nascente e do poente
da vida e da morte
Mar leva nas ondas
um canto de emoção
leva nos lábios
palavras doces, singelas
Mar do medo e da coragem
dos fracos e fortes
dos botos e golfinhos
do canto das sereias
Mar, numa musica ao longe
o seu choro que evoca em meu peito
sabor que provoca calor, dor
o "seu", o "teu", o "nosso" amor...
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em 2002
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