Continuo preso ao passado
e pergunto-me porquê?
sentindo esta dor
que arde mas nao se vê
Na rua de mao dada
mostro-te o que posso
sol, lua, ceu, estrelas
tudo isso podia ser nosso
Desculpa por tudo
por tudo o que te fiz passar
pelo silencio mudo
se alguma vez te fiz chorar
Nunca me esqueças
porque a ti
tambem nao o farei
se ha coisa que nao esqueço
foram os tempos em que te amei
Desculpa ser assim
vulgar e imperfeito
mas é a ti
que guardo sempre no meu peito
A ultima caricia acabou
o ultimo beijo ja la vai
o toque desapareceu
a lagrima ainda cai
O amor nao nos passou ao lado
mas morreu num banco de jardim sentado
tudo isto que escrevi
será eternamente guardado
indiferente ao passado
Ricardo Quintos