De onde me vens com esta dor cortante?
Sem aviso,sem pena me dói num instante
Como se ressurgisse de algum lugar que conheço
De onde me vens com esta lágrima que choro?
Sem saber direito te peço,mereço,imploro...
Como minha verdade que fora amante
De onde me vens com este amor tão danado?
Este olhar meio serrado,este grito sonante...
Como se o lembrar te trouxesse,inocente pecado
De onde me vens com este gigante inprudente?
Este rosto latente,senhor convincente,sorriso de dor...
De onde me vens derramando esperança?
Dizendo o que nego,quebrando meu ego,falando de amor...
De onde me vens com este lírio que dança?
Com tudo aquilo que quero
Serás tu amor?
Como de longe gritara em voz mansa:
Não!
Sou eu,a tua lembrança...<br />
"Morremos gestantes da ansiedade que nada espera."