Mergulha no lago sagrado
ondulações imaginárias
o corpo refrescado
pela benção da flutuação
alma renascida tantas vezes tantas almas
corpo são
sombras dum passado revisitado
rochas transparentes onde repousa o suspiro
mergulha mais fundo
quanto tempo sem respirar
emerge purificada
pulsação acelerada
corpo firme
sem medo
a alma renova-se em segredo
mãos de Lua
coração deserto
o amor sempre tão perto
nasce o Sol no peito nas noites em que a pressa se demora
aroma a sal marinho
sabor erva cidreira
o perfume oferecido no mesmo tom de pele
branca
imaculado
assim o caminho de regresso
em frente
fechar olhares.
Esquecer.
AnaMar