Amarelecem árvores
Escapam-se pássaros
Arrefecem corpos
Das paixões de Verão.
Amarelecem vidas
Da vida gastas
Envelhecem sonhos
Em sonhos que não vão
Árvores que se despem
Corpos que se abrigam
Cabeleiras de prata
Folhas sobre o chão
Outono é descanso
Em tons das castanhas
Corpos que se amparam
Nada é em vão
Quisera eu ser poeta
Quisera eu ser pintor
Escrever telas e pintar poemas
Escrever, pintar, pintar,escrever
A humanidade com muita cor