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Passage du silence

 
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Coração sentenciado ao silêncio.
Sofreguidão não se extingue,
do ontem para o agora.
As pessoas não conversam por estas ruas.
Posso registrar cada olhar estático.
Sou eu em cada um desses humanos que passam.

Silencio meu grito. Sorvo-me de lágrimas,
depois, sorrio discretamente.
Não quero registros felizes,
poderei despertar os desafetos.
Caminho no silêncio cinzento desse concreto.
Nessa amplidão massacro as folhas, já mortas.

Sei pisar sem causar espanto.
Sei aceitar qualquer maior entendimento.
E passo às pressas, ritmando os passos.
As passagens são escuras e frias.
O chão é espesso e sujo de papéis esquecidos.
O vento restringe-se em pequenos sopros.

Não acumulo nenhum desentendido.
Apenas caminho minha rota escolhida.
Sempre em silencio.


Só há o agito desse peito inquieto.
Inquieto de sentimentos.
Desgarrado de sentidos.
Andante destas ruas.


Jey

 
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Jey
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