Escrevo sem nexo umas tantas e quantas palavras
atento junto-as e construo com paixão estas quadras
pinto-as e deixo-as tatuadas num qualquer caderno
para que não as perca e fiquem no mundo eterno
eu bem corro e fujo do meu eu e que rápido que corro
em vão sem noção e ainda sujo do sangue que escorro
e morro esvaído de sangue deitado num qualquer chão
sem ninguém nem uma qualquer miragem fico em ilusão
que em caminhada na calçada tive tudo tive vida
agora que sem nada nem uma moeda saiu pela saída
apenas com uma palavra de minha inspiração é amar
e ainda oiço em mim como uma banalidade no pensar