Para passearem como vedetas. Com grandes salários e rápidas reformas. Estes actuais politiqueiros, ofereceram mundos e fundos. Mas nada produziram. Conseguiram sim, desmoronar o antes construído. E fomentar o descontentamento entre as populações. As quais, agora, defraudadas dos prometidos, vivem socialmente desordeiras.
A criança, lá vai para a escola, mais mochila que corpo. Mas armada de canivete.
Nas prisões, salvo rara excepção, resta o desgraçado que tem que comer.
O verdadeiro criminoso, esse, goza que nem um nababo, na força da fomentada justiça.
PEDRA
Antanho, tempo de respeitos.
De nacionais vivências!
A um Portugal mais empreendedor.
Honrando egrégios feitos, em heróicos pleitos.
Arvorávamos nacionais conveniências.
A um todo mais prometedor.
Neste mundo, de tantas incongruências.
Pedra! A tudo, há dissidentes.
Homens descontentes.
Assim como, os nefastos indigentes.
Os perniciosos conspiradores.
Os mortíferos traidores.
Os vulgares mercenários.
Sempre à cata de melhores salários.
É o mundo, e os seus corolários.
Mas, nem todos são salafrários.
No entanto, no ceio de homens eminentes.
Também emergem dementes.
De mentecapta eloquência.
Brutal virulência.
Os quais, em ferinas violências.
Espiam novas valências.
Sem olharem ás nacionais carências.
Pedra! Claudicaste! Não olhaste às evidencias.
Traíste o pleitear promissor, de melhores auspícios.
Entraste pelo caminho das demências.
Ao seguir a insensatez dos imprudentes.
Com juramentos de fraudulentos procedentes.
Hoje, vives os actuais funestos suplícios.
Pois, credulamente, condescendeste a ditos.
Que, com o tempo, mostraram ser malditos.
Pedra! Humana ganância.
Na escravizada luta a qualquer abundância.
Neste mundo, de tantos indiferentes!
Em que, a pobreza, mais exubera miseravelmente.
Nestas politicas de inumanos militantes.
Que, ao seu semelhante, envergonha e mente.
Na futilidade de pessoal protagonismo.
Sem verem o nacional abismo.
Deste regredir indigente.
Originado, pela tirânica pantomina.
De quem, o país domina.
Em pessoal ambição.
Nacional inibição.
Total e pungente inconstância.
Neste politico dizer amigavelmente.
Por quem vive a politica desordenadamente.
Hoje, és tu o mandante.
Mas de ti, não sou eu temente.
Pois amanha, sou eu o comandante.
Na mesma vigente ignorância.
Instituída nesta pedra, em constante carência.
Aonde, actualmente os políticos, desta demência.
Patenteiam a sua total incompetência.
Ao diferir as culpas do fiasco, sempre ao antecedente.
Partido, coligação, governo e seu presidente.
Pedra! Outrora, entre dentes.
Sem tantos males pendentes.
Vociferavam os oposicionistas.
Escondidos pelas esquinas.
Ou, nos salões de terras das estranjas.
Aonde apostrofavam o seu nacional despeito.
E laceravam a bandeira das quinas.
Para fazer vigorar as suas politicas franjas.
Pressagiando aos incautos, sociais conquistas.
Em comportamentos de iguais direitos.
Se, partidariamente fossem eleitos.
Nesta Pedra de universais feitos.
Pedra! O tempo, era do botas. O manholas.
O governante da ditadura.
Que a ninguém dava esmolas
Segundo os antagónicos, era um mão dura
O qual, com poucos pides... Garante da Nação.
Geria vinte e cinco milhões de civis e militares.
Com abnegada dedicação.
Em domínios, aonde o dia nunca finava.
Pois, o sol, em seu girar, sempre iluminava.
O que a Este, ou a Oeste, confinava e irmanava.
Pedra! O mundo não gira na inércia das negligências.
Nem embarca em incongruências!
Navega sim! Na dinâmica de cósmicas convergências.
Em universais harmonizadas concomitâncias.
Regras simples e naturais.
Neste todo, de comportamentos estruturais.
À elevação do homem a patamar sem divergências.
Pedra! No todo, sempre surge a antítese dos inconformados.
Dos contrários, ao nacional e imperante sistema.
Parceiros tidos como ignorados.
Indivíduos amargurados.
Na maior parte das vezes, homens sem nacional dilema.
Talvez por isso, não no todo, nacionalmente incorporados.
Os quais, a cata de melhore recompensa.
E mais farta despensa.
Alardeiam todo e qualquer emblema.
Por uma posição altaneira.
Mesmo que, tenham que negar a nacional fronteira.
E a tudo fingir.
No pessoal, propósito a atingir.
Na realidade, entre os nacionais degenerados.
Raros, são, à Pátria apaixonados.
E, a Nação abnegados.
Pedra! Em todos os continentes, edificaste lares e altares.
Até da Castelhana subjugação e ocupação nos liberaste.
Que te fizeram? Porque prostraste?
Ao rufo de subalternos militares.
Porque erraste? A verdade negaste!
Sobre a abrilada.
Aos teus fieis súbditos.
Abrilada, que, pela calada?
Envolveu o país, em infernais conflitos.
Dividiu partidariamente famílias.
Outrora de comuns homilias.
Pedra! Tiveste medo dos verdadeiros mandantes?
Foi esta Abrilada, por força da igualitária portaria.
De um ministro agressivo. Até militarmente ofensivo?
Que, tanta indignação provocou na oficializada.
Ao ponto de a deixar atemorizada.
Ao se verem equiparados mediante curso intensivo.
Com homens de diferente montaria.
Ao ponto de te armarem tamanha falsidade.
Esquecendo juramentos de lealdade.
Pedra! Qual a nacionalidade que receaste?
Porque te entregaste?
Quem carpiu aos militares dissidentes?
Os generais, não foram vistos nas separatistas frentes.
Segundo parece, esconderam-se nas guaritas.
Talvez de prevenção ao regimento das marmitas.
Enquanto a nefasta festa, corria nas ruas da cidade.
Às mãos, dos ambiciosos da nossa nacionalidade.
Pedra! Com a Nação derrelicta. Ensebam os oportunistas.
No todo que, pelo mundo, outrora hasteaste.
Em grandiosas conquistas.
Que, para os teus batalhaste.
Hoje, pela bandeira, honra já não nutres.
Nesta vivência de abutres.
Perdulários do todo, que, outrora ostentaste.
Pedra! Segundo os separatistas.
Interessados em serem estadistas.
Ao serviço de demagógica utopia.
Ou por pessoal volúpia.
Não, para à Pátria, serem fieis ajudas.
Mas sim! Traiçoeiros judas!
E pérfidos belicistas.
No regime dos ditadores fascistas.
O povo, com futebol e fado era enganado.
Ferozmente constrangido
E incessantemente afligido.
O réprobo ditador fascista, em astuciosa candura.
E violenta ditadura.
Tudo dominava.
Num regime de oportunistas.
Artificiosos denunciantes.
Ardilosos aliciantes.
Composto por homens fardados.
Civis acomodados.
Era um consumado tugúrio
De mau augúrio.
Tudo minava.
E tudo levava a judicatura.
Depois de maldosa tortura.
Muita latada.
E farta chibatada.
Se, ao regime, não fosse irmanado.
Segundo os libertadores, era um viver danado.
No tempo em que o botas, era reinado.
Pedra! Hoje, em plena democrática liberdade.
Caminhas na temporal verdade.
Vives actualmente com os libertadores.
As ditas injustiças dos ditadores.
Os políticos, actualmente mandantes.
Andam nas futebolísticas ribaltas.
Com as elites das futebolísticas maltas.
Como não andavam os dantes.
E vivem ao futebol engalanados.
Nos seus imoderados ordenados.
Como se o futebol, fosse absoluta honra nacional.
Portuguesíssima obrigação oracional.
Única razão, para a Verde e Rubra Bandeira guindar.
Entre os escombros de um próximo findar.
Pedra! Neste omitir de antigas atitudes.
Hoje elevadas a grandes virtudes.
Nesta amnésia perniciosa.
Vêem-se os políticos de forma oficiosa.
Ingressar nos futebolísticos estados.
E em VIP cadeirões sentados.
Gozam os mesmos, o desporto da patada.
Que muitas vezes, finda ao murro e à latada.
Mas à rua, desfralda a nacional bandeira.
Aos arrojos futebolísticos.
Financiados pelos novos políticos.
Como se fosse trapo, de ridícula brincadeira.
Ou pendão, a acobertar a tão falada perversão.
Que fecunda a actual futebolística diversão.
Pedra! À actual festança nacional.
Inauguram-se estádios.
Mas encerram-se maternidades.
Pois, ao futebol, os embriões, chegam da estranja sadios.
Não carecem das nacionais embriologistas necessidades.
Mas sim das facilidades.
Às transacções milionárias.
A todas estas futebolísticas manifestações.
Muita vezes, palco de ciclópicas altercações.
Lá estão os políticos, com seu aplauso incondicional.
Novo conceito politico das nacionais indispensabilidades.
Pedra! São tantas as hodiernas politicas contradições.
Que, não tardaram as divinas punições.
Aos homens que, ontem barafustavam.
E até, contra o futebol se manifestavam.
Quando era jogado sem tanto politico envolto.
Nem tanto futebolístico lodo revolto.
Pedra! Actualmente na futebolística balbúrdia.
Já sem o ditador que a todos aturdia.
Vêem-se políticos envolvidos em processos criminais.
Por possíveis futebolísticos processos marginais.
À apitos de todas as cores, para todas as conveniências.
Esgrimem-se carteiras entre grandes reverências.
Às mãos menos limpas, mas mais gulosas.
Neste mundo de jogadas fabulosas.
O futebol, é hoje, um bazar, de hiperbólicas quantias.
Sem fiduciárias garantias.
No ceio de financeiros e corruptivos mercados.
Compram-se, vendem-se e trocam-se jogadores.
Os quais, se forem bons chutadores.
São logo oficialmente avalizados.
E solenemente nacionalizados.
A estas jogadas, à apertos de mãos entre presidentes.
À presentes pendentes.
À muitas patentes.
À falta da legislação.
Mas, à politica ovação!
A esta falta de memória.
Que restara na história!
Eduardo Dinis Henriques